
Reparei uma situação muito peculiar em uma garrafa de vinho. A garrafa estava disposta de tal forma que uma bolha de ar mais comprida se formava logo acima de uma bolha de ar mais arredondada, formando um sugestivo ponto de exclamação. Eu podia fazer e desfazer o ponto, modelando-o de acordo com o movimento da garrafa. Existe uma certa sintonia cósmica no universo simplesmente inexplicável.
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Antes do ônibus zarpar, um sujeito fumava de óculos escuros recostado sobre a grade. Ele tinha saliências na bacia e movimentava o pescoço de lado a lado como um peru dengoso com calor.
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Uma senhora rechonchuda andava por ai com seu aparelho de telefone celular pendurado no pescoço como se fosse um colar. Provavelmente, ela estava achando o máximo o penduricalho. Pensava em lançar moda. O que ela não pensou, é que virou uma escrava de um radar em miniatura. É a velha questão: quem conduz? O dono, que tem a coleira, ou o cachorro, que dita o itinerário? Quem está no comando? O cachorro, que faz a cagada ou o dono do cachorro, que vem logo atrás com a pasinha para limpar?
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Quem disse que tudo que é bom dura pouco? Bala Chita existe até hoje.
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