sexta-feira, setembro 10, 2010

Ronchamp


Quando vejo algo como a catedral de Ronchamp ser projetada por alguém como Le Corbusier, a primeira impressão é a de estranhamento. A começar pelo estilo arquitetônico, tão distinto daquilo que o franco-suíço cartesianista já havia concebido.

Olho e penso que Ronchamp é possivelmente produto de um misto de crítica e desilusão. Desilusão de um homem que viu a sua fé no progresso humano se diluir depois de duas guerras mundiais. Crítica a um deus que não é luz, como propôs Niemeyer em Brasília, e sim penumbra. A luz do deus de Ronchamp é parcial, meio luz meio sombra e surge a partir de diferentes janelas de variadas cores e tamanhos.

Penso que deus, para Corbusier, é confuso e opressor.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo plenamente!
Tmb a acho mto bizarra!