As mulheres escolhem, escolhem, escolhem e acabam escolhendo errado. Dão preferência a cafajestes retardados que invariavelmente as magoarão. Depois acabam chorosas num canto, afogando as mágoas em servidas colheradas de sorvete de creme, ouvindo Chico e maldizendo toda a fauna masculina.
Seria uma pré-disposição ao sofrimento? Uma inclinação atávica à auto-flagelação? Se sabem no que vai dar porque insistir no erro?
Já pensei sobre isso inúmeras vezes, mas hoje esse pensamento me veio à cabeça novamente enquanto eu escutava a gloriosa Rádio Muda 105.7 FM. Era por volta das três da tarde, aquele sol árido de Campinas que liquefaz as axilas mais cascudas. No rádio, uma música lamentosa do Chico, daquelas que ele se faz de mulher cantando mágoas de amor. No ato eu pensei comigo mesmo: aposto que quem está apresentando esse programa é uma daquelas meninas que mudou de time de tanto se magoar com a raça masculina. Uma daquelas meninas incapazes de amar qualquer homem novamente, a não ser que o homem em questão seja o Chico. Dito e feito. Acabada a canção a nossa colega pega o microfone e começa a proferir o mesmo velho mantra: "homem tudo não presta. Homem é tudo uma merda e só quer saber de transar com a gente e blá, blá, blá".
Na lata. Ri comigo mesmo dos meus feitos videntícios. Que mundo mais previsível.
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Um comentário:
É um mundo cruel, meu caro fécula.
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