É interessante observar como a palavra "elite" se tornou um palavrão na boca do povo durante o governo Lula. As elites, que, em teoria são setores da sociedade que se destacam dos demais, acabam, na prática, tomando os contornos de agrupamentos sociais nefastos cuja simples existência já seria um insulto ao povo. Nesse contexto, pessoas honestas e trabalhadoras supostamente deveriam se sentir culpadas de comer em restaurantes caros ou viajar para o exterior.
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Pior são aqueles que dizem que "é assim mesmo, corrupção tem em todo lugar e aqui não é diferente". Engraçado, essas mesmas pessoas são as primeiras a sonegar o imposto, a não pagar o dinheiro que pegaram emprestado ou a fazer ligação clandestina de tv à cabo. Na terra da picaretagem, cada um legitima os seus pequenos delitos sob o manto obscuro do "jeitinho" e do "se todo mundo faz, eu tembém posso". É fácil. Se escafeder, "a culpa é do governo".
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Depois ainda me perguntam, surpresos, porque eu não torço para o Brasil na copa. E eu respondo com uma contra-pergunta: oras, por que também não vestir a camisa do Brasil na hora de comemorar o título de país com pior distribuição de renda do mundo? Mas também existem coisas boas por essas comarcas tropicais. A música instrumental brasileira é de primeira.
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