terça-feira, julho 11, 2006

Nike film productions Inc.

Isso eu falo por mim e não é necessariamente um fenômeno estabelecido, mas eu imagino que o marketing esportivo está deixando os espectadores futebolísticos mal-acostumados. A fábrica de fantasias e macaquices malabarísticas da Nike e companhia está inculcando na cabeça das pessoas um outro conceito de "bom jogador". Jogar bem, agora, significa dar um arranque super-sônico a 87km/h pela lateral do campo, grudar a bola na clavícula e efetuar uma pirueta tripla com precisão cirúrgica, ou então fazer um gol de voleio de joelho do meio de campo. Se o jogador não apresentar essas cartadas básicas no seu leque de "técnica", então ele não jogou "bem". Talvez essa copa tenha sido decepcionante justamente pela enorme expectativa que se depositava no evento, especialmente em alguns jogadores a parte. Falou-se muito em Ronaldinho Gaúcho, o melhor do mundo até então, mas que me parece ter ido a Alemanha a passeio para faturar mais alguns tostões com publicidade. Rooney, o prodígio mancebo da rainha, teve o seu lance mais brilhante ao ser expulso depois de dar uma sutil pisadela nas "vergonhas" do adversário. Cristiano Ronaldo está mais para rainha-da-bateria do folião da Parada Gay. Sambou, fintou, girou, rebolou mas pecou no excesso de vaidade e na fome de bola. Messi até que foi bem pelo pouco que jogou, mas a Argentina foi desclassificada prematuramente e agora só daqui quatro anos. Bem amiguinhos, o fato é que a campanha do "Joga Bonito" é legal, divertida e até engraçada (Cantoná que o diga). Mas não se deixem enganar pela computação gráfica.

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