Com um pouco de atraso, lanço aqui a primeira (mas com certeza não a última) resenha de um filme não visto. E o filme da vez é a fábula Lula, o filho do Brasil. Não é nem preciso assistir ao filme para saber do que se trata. Basta observar o título, quem está por trás da produção e a época em que foi lançado.
Como não vi o filme (e nem quero), farei suposições levianas baseadas no empirismo acerca de um mundo cada vez mais previsível.
O diretor, Fábio Barreto, não nega as origens e segue à risca a tradição familiar de levar às telas melodramas açucarados que abusam de truquetes manjados para "emocionar" as platéias mais desavisadas.
O título, já dá uma idéia do que está por vir. Aposto que a vontade inicial dos marqueteiros era usar a palavra "herói" no lugar de "filho" no título, mas decidiram voltar atrás para não deixar muito explícito o comprometimento ideológico com a figura retratada no longa.
Agora, a época é o que mais salta aos olhos. Lançar um filme desses em pleno início de campanha eleitoral e ainda ter a desfaçatez de negar que haja interesse eleitoreiro nessa história toda, digo fábula, é de uma cara-de-pau que só mesmo os mais arraizados filhos do Brasil são capazes.
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