Quando se fala em histórias em quadrinhos muita gente torce o nariz como quem diz pejorativamente: "quadrinhos? ah, mas isso é coisa de criança". E aí cometem dois erros: 1)achar que quadrinho é algo "infantilizado"; 2)achar que tudo aquilo relacionado ao universo infantil é necessariamente ruim. Eu poderia citar vários exemplos de quadrinhos que contradizem esse infeliz senso comum, mas vou ficar em apenas um: Watchmen.
Tanto o gibi quanto o filme são de primeira classe. Coisa fina. Mas, ao contrário do que costuma acontecer nesses casos, achei a adaptação para as telas superior ao original em quadrinhos. O filme se mantém fiel ao gibi, mas sem perder a oportunidade de fazer algumas alterações que vieram bem a calhar, como a adaptação do desfecho, que me pareceu mais pertinente.
Só os créditos iniciais do filme com a música de Bob Dylan ao fundo deixam filmes inteiros no chinelo, caso da fraquíssima trilogia do Homem Aranha, por exemplo. Arrisco dizer que Watchmen é o melhor filme do gênero que já assisti, superando até mesmo os novos Batmans, sobretudo o segundo, que bota os filmes de super-heróis em outro patamar.
A história não se prende àqueles clichês maniqueístas, falso moralismo e amor água com açúcar. Pelo contrário, mostra uma realidade sombria e aterradora que já nos é habitual de certa maneira.
Assistam, leiam e confiram.
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2 comentários:
hehe, essas pessoas que torcem o nariz pros quadrinhos me lembram alguém...
Assim de cara eu não curti...
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