sábado, fevereiro 07, 2004

EUA, o novo Reich.

Não fosse a intervenção norte-americana na Segunda Guerra Mundial, possivelmente o mundo estaria hoje submetido a uma orientação política estritamente nazi-fascista. Eu nem sequer estaria apto a escrever esse artigo dado a vigilância do "grande irmão", aquele que tudo vê e submete todos aos olhos repressivos dos soberanos, ao Estado totalitário. O que se verificou no decorrer do contexto geopolítico mundial, entretanto, foi uma simples inversão de papéis.
Ao destronar o Füehrer alemão, os EUA tomaram posse da cadeira e simplesmente deram seqüência a política nazista de Adolf Hitler, claramente peceptível no contexto atual de unipolarização global para o lado da balança norte-americana. As concepções da Doutrina Monroe se expandiram fazendo do mundo o seu palco, e não mais a já tão extenuada América-Latina ("O mundo é para os americanos, norte-americanos"). Concepções nazistas como o "espaço vital", com a qual Hitler reservava-se ao direito de interferir em Estados autônomos ao seu bel-prazer, ou o arianismo, que previa a construção de uma raça superior, ou até mesmo o irracionalismo, baseado no princípio de que tudo se resolve na base da violênca, estão presentes não só na política externa da Casa Branca, mas nos próprios "valores" estadunidenses, mascarados pelo tênue argumento do patriotismo.
Hollywood teima na insistência do homem (branco) americano superior, benevolente, viril e beligerante quando se trata de "libertar" os oprimidos e instaurar a "democracia", ao passo que cabe ao negro e ao "hispânico", relegar-se aos papéis pelos quais são realmente concebidos, o de vagabundos, criminosos, mendigos, ou meros bobos da corte. Quanto ao "espaço vital", os EUA não abrem mão de financiar a deposição de governos democraticamente eleitos (veja o caso de Hugo Chávez na Venezuela no ano passado), interferir militarmente em áreas que considera estratégicas para saciar sua voraz sede imperialista (invasão do Iraque para apossar-se dos campos petrolíferos), combate ao terrorismo sob o questionável pretexto de "segurança internacional", valendo-se para isso, da extrapolação sucessiva dos direitos humanos (torturas de presos políticos na base militar de Guantánamo, em Cuba, sem a prévia confirmação da veracidade da acusação dos mesmos). Tudo isso, sob a orientação da política do "irracionalismo", em que a violência fala mais alto e é o único discurso que o império entende.
É claro que essas são algumas das tantas estratégias tiradas da carapuça do Tio Sam para manter o mundo ancorado aos EUA. Hitler deve estar se revirando de alegria no caixão devido ao sucesso de suas ideologias aplicadas pela "América Democrática".


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