Armas não foram feitas para trazer segurança àqueles que as detêm, foram feitas para matar. Se o pretexto de portar uma arma é defender-se, um seujeito abordado em um assalto a mão armada terá que ter muita frieza, prática com armas de fogo e esperteza para interceptar o agressor por intermédio de sua arma e ainda sair vivo.Armas não matam apenas fora, mas também dentro do ambiente doméstico.
Nos EUA a venda de armas tornou-se algo banal, tamanha é a facilidade de se adquirir uma. Isso não aumenta a segurança dos norte-americanos, mas os posiciona em primeiro lugar no ranking de países com o maior número de mortes caudas por armas de fogo em ambiente domiciliar.
Costuma-se atribuir à polícia o dever de proteger a sociedade contra a violência. Mas, em países de desigualdades sociais gritantes e estruturas políticas vacilantes como o Brasil, o Estado não é capaz de controlar sozinho a crescente onda de violência que assola a população. Diante de tal desilusão, muitos indivíduos dão-se ao direito de fazer a própria segurança e de seus familiares mediante o uso de armas. O problema é que a grande maioria de usuários de armas de fogo não tem responsabilidade suficiente para lidar com tal situação, o que, muitas vezes, pode transformar uma simples discussão de trânsito em um funeral.
O maior consumidor de armamentos e propalador da violência é o crime organizado, e este não será desarmado. Desarmar a população é uma medida louvável apenas no sentido de diminuir as estatísticas de mortes por causas banais engendradas por armas de fogo, mas isso não mudará o complexo quadro de morticínios atrelados a atuação do crime organizado.
Desarmar a população não aumenta a sua segurança, bem como desarmar o planeta não o transformará em um lugar melhor. A solução para esse problema milenar reside na construção de um mundo igualitário onde não há espaço para conflitos e insegurança. Mas isso não passa de utopia, a palavra de ordem é a guerra. Os produtores de armamentos arrecadam quantias incalculáveis de dinheiro com a guerra eterna alavancada pela humanidade, e, para eles, é interessante que a paz continue a ser apenas mais uma utopia.
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