Maestro Goiabada entrou na classe com seu terno de linho branco impecável e a sua famosa gravatinha borboleta vermelha. A careca, lustrosa como de costume.
-Classé, vamos começarrrr - disse com seu sotaque francês emprestado na padaria.
-Dóóóóóóóó!
E a molecada em uníssono arrastado com sono: - "Dóóó...".
-Eu disse Dóóóóóóóóó, Dó! Dódoródodó! Mais ânimo, ÂÂNIMO - esbravejou o goiabada já com algumas veias saltadas no pescoço.
- No que a molecada arrematava: "DÓ! Dódoródodó"
Corou ainda mais.
- É DÓÓÓÓ! RAIOS!!!
- RÉ! - Sapecou um putinho lá no fundo.
- Ai! - E o Goiabada com um gritinho à francesa mordendo os lábios.
"Prrrr" - E um peidinho acolá.
- Hoje tem goiabada à francesa!!!!
E a classe inteira partiu para cima do pobre Maestro Goiabada e arrancou-lhe as roupas no mais feroz ataque infantil que o Colégio Gomez D'Albandenga havia presenciado até então. Goiabada saiu pelos fundos fugindo dos pilantrinhas mirins. Cobriu as vergonhas com uma partitura do seu amado Strauss, uma valsinha que começava em Dó maior.
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